As plantas e a Humanidade

            O ser humano, desde os seus primórdios, sempre utilizou as plantas como fonte de alimento, vestimentas, ferramentas, remédios, na composição de abrigos, entre outros diversos usos. A domesticação das plantas permitiu o surgimento da agricultura que, junto com a domesticação dos animais (pecuária) marcam os primórdios da civilização.
            As primeiras tentativas de explicar o mundo natural das plantas foram realizadas pelo grego Theophrastus (370 a.C.), considerado o pai da Botânica (a Ciência das plantas), tomando por base o hábito das plantas para classificá-las segundo um sistema lógico. Assim, Theophrastus classificou as plantas em árvores, arbustos, subarbustos e ervas (anuais, bianuais e perenes), entre outras características das inflorescências e partes das flores. Os gregos consideravam a Botânica um ramo especial da filosofia, embora também reconhecessem e utilizassem as plantas para diversos fins. Outros povos como os egípicios, persas, babilônios, árabes e chineses, sempre detiveram admirável conhecimento empírico sobre as suas floras na Antiguidade.
            Na Renascença italiana, um professor de Botânica em Bolonha, chamado Luca Ghini (1490-1556), desenvolveu um processo simples e revolucionário que consiste em prensar, secar e montar as plantas em papel. Esse processo ficou conhecido como herborização e inaugurou a época dos herbalistas, permitindo a manutenção das plantas por tempo indeterminado para estudos onde e quando se quisesse. O conjunto das plantas secas recebeu o nome de Herbarium ou Herbário.

Um comentário:

  1. Gostei muito do texto. Posso utilizá-lo em um livro sobre ilustração botânica?
    Citarei a fonte, mas qual é o nome do(a) autor(a)?

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